A roupa é a primeira fala do indivíduo com o próximo. É o princípio de uma apresentação elaborada ou não que um indivíduo faz de si mesmo. Mesmo sem perceber, o homem é capaz de se comunicar através da vestimenta. Por isso, tratamos, neste artigo da moda, como recurso comunicativo, como elemento transmissor de informação da moda como linguagem.
Desde o início dos tempos, a roupa é utilizada não apenas como forma de proteção, mas como forma de expressão pelo homem. Antes mesmo da existência da linguagem escrita ou falada, as roupas eram utilizadas como forma de adorno
para expressar posição social. Os antigos caçadores utilizavam dentes de peles de suas caçadas para mostrar que eram capazes de enfrentar grandes feras em prol da alimentação de grupo (BRAGA, 2007).
Além de demonstrações de bravura, a moda também transmite posição social e é capaz de informar sobre períodos distintos. No último século, a moda tem sofrido transformações mais rápidas e sazonais, porém, nos séculos anteriores, uma determinada tendência perdurava por mais tempo. Na idade Média, por exemplo, as pessoas de classes dominantes usavam túnicas com adornos, enquanto as de classes menos favorecidas vestiam-se com túnicas simples. Depois, com o Renascimento, as roupas foram tomando outras formas. Começou, nesse período, a utilização de recursos adicionais aos tecidos para produção de uma vestimenta. As mulheres vestiam verdadeiras armaduras por baixo dos vestidos para formação de volumes e formas que eram capazes de demonstrar a que classe elas pertenciam.
As roupas, desde então, serviam para esclarecer a posição social de seu interlocutor. Mesmo com as transformações da moda, por vezes motivadas pelo bem-estar, pelos períodos políticos enfrentados, ou mesmo pelos atuais interesses variados, a vestimenta sempre esteve presente como recurso comunicativo do homem. Mesmo que o indivíduo não perceba, ele transmite algo sobre sua personalidade através da roupa. “A imagem que um sujeito cria de si mesmo exprime-se, então, em codificações, em seu modo de parecer, de mostrar-se para ser visto.” (CASTILHO, 2004, p. 81)
FONTE: http://www.antennaweb.com.br/
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