quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Por uma comunicação mais humana



Texto de : Renato Delmanto: jornalista, formado pela PUC-SP. Possui mais de 20 anos de experiência na mídia impressa (Veja, Folha de S.Paulo e Jornal da Tarde), televisão (Cultura e Band) e internet (Editora Globo e AOL). Trabalhou ainda na área de pesquisa de mercado (Ibope Inteligência) e com comunicação corporativa (CPFL e Máquina da Notícia). Atualmente, é Gerente Corporativo de Relações com a Mídia do Grupo Votorantim. Desde 2005, é professor do Curso de Jornalismo da Faculdade Cásper Líbero.


A Comunicação corporativa vai muito além da mensagem passada de um emissor para um receptor. Deve ser um processo baseado em relacionamentos, que tenha como missão ajudar as organizações a construir relações de confiança com a sociedade em geral. Isso nunca foi uma tarefa fácil, mas conforme as novas tecnologias se desenvolvem, torna-se um grande desafio para as empresas e para os profissionais de comunicação.

O ser humano é submetido diariamente a um volume enorme de informações – via internet, TV, celular, publicidade, promoções, etc. Cada vez mais, torna-se importante o monitoramento dessas novas mídias por parte das empresas. Esse monitoramento permite estimar os impactos que as decisões empresariais poderão causar em funcionários, consumidores, fornecedores, mídia, poderes públicos, movimentos sociais, enfim em qualquer pessoa. As diversas ferramentas que permitem esse monitoramento sofisticam-se conforme mudam as relações sociais (rede social, por exemplo, era um conceito inexistente alguns anos atrás) e fornecem subsídios para que os profissionais de comunicação avaliem, cada vez com maior antecedência e com mais precisão, os impactos causados pelas decisões de negócio.

O mundo moderno exige que a reputação de uma empresa em toda a cadeia produtiva e no consumidor final corresponda fielmente à imagem institucional transmitida pela comunicação corporativa. Se um trabalho de reposicionamento de marca apenas passar pela logotipia e pela comunicação visual, ele terá sido inócuo. Para que seja bem assimilada pela sociedade (não só pelo consumidor ou cliente), a “nova” estética de uma marca deve ser, necessariamente, precedida por uma “antiga” ética da companhia. Para isso, há de se ter cada vez mais uma visão contemporânea da imagem da empresa, como um conjunto de crenças e atitudes que transpareçam sua reputação, seus valores e seus compromissos – com a qualidade de vida das pessoas, com justiça social, com a educação, com o futuro do planeta.

A reputação e a ética também são ingredientes essenciais no relacionamento com o público interno. O grande desafio da comunicação, principalmente nas grandes organizações, é a transformação do público interno em formador de opinião. A clareza e a transparência na informação passada aos funcionários sobre decisões empresariais são as mais eficazes ferramentas para fazer com que funcionários de tornem aliados e defensores da missão empresarial.

A maior parte das pessoas deste início de século 21 – que vivem em um ambiente globalizado, informatizado, impessoal e não raras vezes gratuitamente violento – estão se sentindo sós em uma sociedade individualizada. Uma sociedade sem vínculos, sem relacionamentos, sem contato físico, sem tradições. Nos grandes centros urbanos, as pessoas estão perdendo suas referências, estão em busca de suas identidades. As cidades cresceram de forma desordenada, e os “centros de gravidade” dos indivíduos aos poucos estão desaparecendo. A família, a vizinhança, o clube, a igreja, a “firma”, que antes funcionavam como pólos catalisadores, estão sendo sufocados pela cidade grande. A perda desses laços de amizade tem incomodado as pessoas. E tem gerado um sentimento generalizado de desencanto e desesperança com o mundo.

Esse sentimento “universalizado” carrega em si uma contradição. As pessoas têm com frequência uma sensação de inadequação, de estarem quase que o tempo todo fora de lugar, fora de contexto. Necessitam de mais informação, em plena era da informação indiscriminada. Aqui está a grande contradição. Nesse contexto, uma nova comunicação que parta das empresas em que trabalham, pode ajudá-los não apenas na vida profissional – mas contribuir também para a melhoria da vida pessoal deles. É uma oportunidade que se abre às empresas que estejam dispostas a investir em novas idéias e novos conceitos. Que façam da sua comunicação algo transformador.

No caso de funcionários de uma grande companhia, pode haver um agravante: no passado, seus pais sabiam que o emprego naquela empresa seria para a vida toda, sabiam que os laços de fidelidade seriam perpétuos. Hoje, não. 

O trabalho, a remuneração, o descanso regulamentar, os benefícios e mesmo uma certa sensação de estabilidade no emprego (que remete ao que sentiam seus pais) não são suficientes para que os funcionários se sintam felizes e comprometidos. O “racional” do negócio contido em boa parte das peças de comunicação corporativa deve ser substituído por mensagens mais humanas, que ajudem as pessoas a entender o que está se passando na própria empresa (transparência) e no mundo. A comunicação tem um papel didático de proporcionar a eles condições de compreender as mudanças que estão ocorrendo na sociedade, para que possam reencontrar seu centro de gravidade. Afinal, a relação entre empresa e funcionário não termina quando acaba o expediente, ela segue junto com ele na sua vida pessoal, nos seus relacionamentos, o tempo todo.

O maior desafio das empresas é modernizar seus conceitos de comunicação, e se humanizar nas relações com seus funcionários. Há uma dicotomia entre a chamada globalização e a vida em família e em comunidade, que é o sonho dos indivíduos do terceiro milênio. O que para a primeira é sistema, para a segunda é valorização do indivíduo; conhecimento vira experiência; lucratividade só é válida se vinculada à ética; rentabilidade significa cidadania e responsabilidade; produtividade tem de estar vinculada à qualidade de vida. 


O texto  tenta nos mostrar que nenhuma empresa necessita apenas de operários ( funcionários/empregados); ela quer ter em seus quadros cidadãos motivados e engajados, trabalhando por uma sociedade melhor. Pois o mundo mudou ( essa mudança é continua ), as pessoas mudaram, continuaram a mudar e as empresas precisam mudar. E a comunicação é um instrumento essencial nesse processo.
 

Comunicação interna: o pãozinho nosso de cada dia

Motivar, envolver, alinhar, integrar e mais recentemente comprometer e engajar os empregados são, em geral, as tarefas da comunicação interna.

Digo tarefas porque comunicadores reunidos nas áreas de RH ou DHO, geralmente não são considerados como profissionais estratégicos. Personificam a execução de tarefas: respondem como padeiros diante da fila de clientes que surgem pelos corredores exigindo “pão quentinho a toda hora”. Lembrando que, na maioria dos casos, nossos comunicadores entregam apenas um tipo de pãozinho (esqueçam a possibilidade de croissants).

A comunicação interna que circula na organização torna-se, portanto, pouco saborosa. Mais uma obrigação em cumprir com o uso da farinha no estoque do que com o entusiasmo por novas receitas e descobertas.

Informação fria, cardápio insosso. Diante dessa vitrine, como ficar motivado? Engajado?

Como quebrar o ciclo de reatividade e avançar estrategicamente com uma comunicação capaz de transformar a “padaria” inteira? A começar pelos padeiros: a mente envolta pela nuvem de farinha e pelo calor do forno nem percebe que do outro lado da rua servem café com biscoito, frutas, pão com queijo e presunto, doces e tortas. Do outro lado da rua tem música ao vivo e...não tem fila!

O que quero dizer com toda essa comparação entre pães, padeiros e a comunicação interna? Ora, o que todos nós já sabemos: para se avançar com um trabalho que de fato mexa com as pessoas e traga significado para a rotina de trabalho é preciso que a comunicação seja forma, mas também conteúdo. Que seja um ritual de relacionamentos e não um texto decorado e repetitivo. Que tenha compromisso com a ética e a transparência e não seja uma promessa que nunca será cumprida de fato.

A comunicação interna pode ser o pão nosso de cada dia desde que seja sinônimo de palavra e não de ruído. Sinônimo de esclarecimento e não de embromação. Que seja o alimento mágico de aproximação entre líderes e times de trabalho ao redor de uma farta mesa. Onde todos tenham voz (e ouvidos) para saber compartilhar e tornar realidade uma visão de futuro. 



Texto de : Luiz Antônio Gaulia; Jornalista e publicitário. Especialista em Comunicação Empresarial. Professor da ABERJE e professor convidado da ESPM na disciplina Comunicação & Desenvolvimento e Assessoria de Comunicação & Gestão de Crises. Foi gerente de comunicação da CSN – Cia. Siderúrgica Nacional e gerente de relações comunitárias da Alunorte. Atuou também no O Boticário e no Grupo Votorantim. Foi gerente de projetos dos relatórios de sustentabilidade GRI da Vale, da Light e participou de projetos de comunicação para a sustentabilidade na Natura e na Suzano Papel & Celulose entre outros.




O texto acima mostra de maneira simples e direta o quão importante aliás essencial é o uso da comunicação interna, porém com esse texto podemos perceber de forma bem humorada que além de util a comunicação para ser eficaz também dever reinventada para que só assim ( mudando constantemente ) tenha grande valia.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Ex-funcionária sofre ação judicial por sua atuação em rede social

Acabei de saber sobre mais um caso de escorregão nas redes sociais. Brelyn Hammernick, uma ex-funcionária da empresa norte-americana TEKsystems, convidou ex-colegas de trabalho para mudar de emprego por meio do LinkedIn. Segundo a TEKsystems, Hammernick não poderia ter feito isso pois tem assinado um contrato de "non-competition" e "non-disclosure", que proíbe que ela entre em contato com seus antigos colegas para fins de recrutamento, por um período de 18 meses após deixar a empresa. A cereja deste bolo é que a TEKsystems é uma recrutadora de recursos humanos. Resultado: a empresa entrou com um processo judicial contra a ex-funcionária.


Enfim, se você se interessa por redes sociais nas empresas e suas implicações, este é mais um caso para aprendizado.

Fonte: http://aquintaonda.blogspot.com








 

O Paradoxo da Comunicação Interna


Os novos tempos trouxeram desafios enormes para a comunicação interna das empresas. Há uma década o papel da comunicação interna era comunicar, informar. Hoje, a responsabilidade é maior: é formar, capacitar e influenciar. Numa perspectiva mais ousada, poderíamos até dizer que a comunicação interna pretende formar o profissional do futuro que qualquer empresa deseja, ou seja, um colaborador mais engajado, conhecedor da estratégia da organização, cúmplice e influenciador representativo no mercado.

Eu sei que muitos dirão que estou confundindo o papel da Comunicação com Recursos Humanos, mas pergunto a vocês: já não está tudo misturado? A nova dinâmica das empresas impõe novas formas de desenvolvimento do colaborador e o rompimento de antigos paradigmas.

Esse é o paradoxo da comunicação interna nas empresas:

Desenvolver uma comunicação mais inspiradora, estratégica, visionária, de formação e de médio/longo prazo ou... buscar uma comunicação mais pragmática, factual, de informação e de curto prazo.


fonte: www. Nós da Comunicação.com.br

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Sustentabilidade *

Sustentabilidade é um conceito sistêmico, relacionado com a continuidade dos aspectos econômicos, sociais, culturais e ambientais da sociedade humana.

Propõe-se a ser um meio de configurar a civilização e atividade humanas, de tal forma que a sociedade, os seus membros e as suas economias possam preencher as suas necessidades e expressar o seu maior potencial no presente, e ao mesmo tempo preservar a biodiversidade e os ecossistemas naturais, planejando e agindo de forma a atingir pró-eficiência na manutenção indefinida desses ideais.

A sustentabilidade abrange vários níveis de organização, desde a vizinhança local até o planeta inteiro.

( Assunto abordado na aula do Prof° Edson )